Fundação Calouste Gulbenkian
29—31 Outubro
Reunimos vozes da ciência, arte, filosofia e investigação e prática arquitetónica para três dias de palestras e debates públicos na Fundação Calouste Gulbenkian. Cada dia culmina com um drink & talk, um encontro informal onde todos são convidados a partilhar as suas ideias.
Esta conferência de três dias segue as três linhas de investigação expositiva da equipa curatorial, Fluxes, Specters e Lighter, dedicando um dia de debates a cada uma delas. As conversas reúnem grandes especialistas em arquitetura, juntamente com figuras de várias disciplinas que se cruzam com a arquitetura, considerada como uma metodologia para pensar, reparar e praticar as ordens sociais e as suas disposições espaciais. Ativistas, arquitetos, antropólogos, artistas, designers, cientistas e escritores são convidados a envolver-se com um dos três leitmotivs do projeto.
TALK, TALK, TALK
O peso, elemento central de How heavy is a city?, é um dos maiores elefantes nesta sala pesada, perturbada e distópica chamada Antropoceno, criada pela humanidade para si e para os outros seres.
É inquestionável que houve uma redistribuição global e maciça do peso sobre a superfície da Terra, causada por todos os materiais que foram, e continuam a ser, extraídos, transformados, produzidos, reaproveitados e rearranjados por e para todo o tipo de actividades humanas. A forma como as pessoas vivem, circulam, consomem, produzem e poluem tem inúmeras consequências para a composição e estabilidade do planeta.
Paralelamente, se considerarmos que o peso não é apenas a expressão da massa de um corpo, mas também a força descendente que esse corpo produz, pelo simples facto de existir, e que a pressão que é capaz de gerar têm um efeito global no planeta, como é que a pressão pode actuar como agente de transformação do nosso mundo presente e futuro?
As Talk, Talk,Talk desta edição conduzirão a uma investigação sobre o papel do peso e da pressão nas diversas dimensões – espacial, infraestrutural, relacional e ambiental - durante os três dias da conferência.
Filipa Ramos