Esta investigação explora como o maçarico-de-cauda-preta (Limosa limosa), na sua rota migratória entre a Europa e África, enfrenta as tensões entre a conservação ecológica e a expansão das infraestruturas no Estuário do Tejo.
A exposição recorre a mapas e imagens obtidos em plataformas de acesso livre para revelar disputas territoriais, como o controverso projecto do Aeroporto do Montijo. Através de visualizações de fluxos aéreos e ecológicos, questionam-se as assimetrias entre o desenvolvimento urbano e a biodiversidade, convidando à reflexão sobre a necessidade de imaginar novas formas de coexistência.
Gonzalo Carrasco e Belén Salvatierra
Gonzalo Carrasco - Arquiteto e doutorado em Arquitectura e Estudos Urbanos pela Pontificia Universidad Católica do Chile (PUC). Os seus interesses académicos centram-se na teoria crítica e na relação entre arquitectura e ciências da vida. Foi curador da Bienal de Veneza em 2012 e 2023, sendo responsável pelo Pavilhão do Chile com a exposição Moving Ecologies. Actualmente, lecciona na Pontificia Universidad Católica do Chile e na Universidad Finis Terrae.
Belén Salvatierra - Arquiteta, com mestrado em Investigação e Criação de Imagem pela Universidad Finis Terrae (Chile). Estudou arquitetura no Porto (FAUP) e no IAUV, em Veneza. Os seus interesses centram-se na imagética ecológica na arte e na arquitectura. Em 2023, foi directora artística do Pavilhão do Chile na 18.ª Bienal de Veneza com a exposição Moving Ecologies. Actualmente, lecciona na Pontificia Universidad Católica do Chile e na Universidad Finis Terrae.