Sétima Trienal de Arquitectura de Lisboa

Territórios do Antropoceno

Territórios do Antropoceno

Jan Zalasiewicz, Mark Williams

Coral morto, coberto de algas, após um grave episódio de branqueamento de corais em Lisianski, em 2015. Quase 100% dos corais neste local estão mortos. Foto de John Burns/NOAA, 2017.

“Territórios” é um termo universalmente compreensível, que diz respeito tanto a seres humanos como não-humanos; é acessível a quem não possui formação técnica, ao mesmo tempo que se relaciona com uma série de conceitos técnicos e académicos. Nas Humanidades, por exemplo, o conceito de território pode ser considerado — como fazem Gilles Deleuze e Félix Guattari — a partir da organização e estruturação do poder, especialmente no contexto dos Estados-nação.1 Na política, os territórios sempre desempenharam um papel central, reflectindo a tendência territorial e possessiva da nossa espécie.2 Já em biologia, o termo associa-se a ecologias e ecossistemas. Na ciência da zona crítica, os territórios remetem para a natureza e para a intensidade dos processos biogeoquímicos. No entanto, no contexto do Antropoceno — essa era geológica de facto (ainda que informal) iniciada pela extraordinária “Grande Aceleração” da população, industrialização e globalização em meados do século XX — os territórios podem ser interpretados sob novas perspectivas.3

Na geologia, os territórios podem ser entendidos a partir do “afloramento” — a extensão visível de um material geológico na superfície — e das “fácies”, ou seja, as características dos materiais geológicos que compõem a superfície da Terra, como as formações de arenito ou as rochas metamórficas. Este tipo de território tem uma estrutura tridimensional subjacente, cuja forma pode ser mais ou menos inferida a partir da superfície, dependendo do tipo de afloramento. Cada território possui uma composição química e mineral específica que pode variar de homogénea a altamente heterogénea. Além disso, carrega uma história da sua formação geológica própria que pode oscilar de praticamente instantânea (como a deposição de cinzas vulcânicas) a processos que se estendem por milhões de anos (como no caso de corpos de rocha metamórfica nas profundezas das cadeias montanhosas). 

Os territórios geológicos estão em constante interacção com a atmosfera (por força de intempéries causadas pelo clima), com a hidrosfera (já que apresentam diferentes níveis de saturação pela água) e com a biosfera, à medida que plantas, animais e micróbios ocupam a superfície do afloramento. Hoje, estas interacções envolvem, na sua esmagadora maioria, os seres humanos e as sociedades humanas. Não só ocupamos e exploramos diversos afloramentos geológicos (como os vales fluviais, que são áreas convenientes para construir, mas também propensas a riscos de inundação), como também edificamos outros (como as áreas altamente urbanizadas). No Antropoceno, os afloramentos/territórios das cidades-estratos cresceram exponencialmente e continuam a expandir-se. As cidades tornaram-se a faceta mais visível do crescimento da tecnosfera: a mais recente “esfera” da Terra, que engloba todos os sistemas tecnológicos e as instituições humanas associadas. A tecnosfera, uma extensão da biosfera — e hoje um parasita dela, pesa mais do que toda a biomassa viva do planeta.5 E isso apenas considerando as partes funcionais: os resíduos por ela produzidos superam esse peso em mais de dez vezes.6

O Antropoceno é testemunha do surgimento de novos tipos de territórios. Alguns, como as chamadas “fácies de megacidades” dominadas pelo betão, foram deliberadamente construídos para albergar centenas de milhões de pessoas na Terra. Outros, como as “zonas mortas” desprovidas de oxigénio que se espalham por mares e lagos, são consequências não planeadas da forma como estamos a transformar a superfície terrestre. Os territórios do Antropoceno podem ser criados tanto de maneira intencional como, e cada vez mais, de forma acidental. Explorar os territórios do Antropoceno implica identificá-los; traçar a sua extensão; caracterizar a sua natureza e dinâmica física, química e biológica; medir a sua taxa de crescimento; explorar os padrões geológicos e estratigráficos que formam; entre outros aspectos. Este processo assemelha-se ao trabalho dos geólogos quando identificam formações rochosas específicas, como unidades estratigráficas ou corpos ígneos, e determinam a sua história, propriedades e relações. Tradicionalmente, grande parte deste esforço tem sido — e continua a ser — motivado tanto pela curiosidade como por interesses práticos, directos ou indirectos, destinados à exploração destes corpos rochosos, seja como fontes de combustíveis fósseis, minérios ou pelas águas subterrâneas que contêm. No entanto, cada vez mais, os geólogos analisam a forma como estas formações rochosas interagem com o clima e a vida. Certos aspectos desta abordagem geológica clássica podem ter aplicações mais amplas que se estendem ao estudo multidisciplinar ou baseado nas humanidades dos processos do Antropoceno. De seguida, apresentamos alguns exemplos de territórios novos e emergentes do Antropoceno.

Um recife Rudista fossilizado da Era Cretácea. Fonte: Schumann & Steuber, 1997.

Recifes de Coral

As áreas de recifes de coral estão hoje a passar por uma transição profunda. Em todo o mundo, os corais estão a desaparecer, sobretudo devido a vagas de calor marinhas que têm provocado eventos de branqueamento maciço de corais. Estes episódios, registados pela primeira vez na década de 1980, têm-se tornado cada vez mais intensos, ao ponto de se afirmar que “a maior parte dos corais do mundo já está morta.”7 Estes locais estão agora a ser invadidos por organismos mais resistentes ao calor, como as algas verdes (algas marinhas), alterando profundamente o equilíbrio ecológico e reduzindo drasticamente a sua biodiversidade. A própria estrutura física dos recifes está a mudar, uma vez que a formação dos esqueletos de coral — que dão forma e solidez à massa rochosa do recife — tem vindo a diminuir ou a cessar por completo. Isto enfraquece a capacidade dos recifes para funcionarem como barreiras naturais contra tempestades e reduz a possibilidade de crescerem verticalmente para se adaptarem à subida do nível do mar. Com o previsível aumento contínuo das temperaturas globais, haverá uma transformação: este processo deverá desencadear uma nova forma de recife, diferente e mais ou menos estável, constituído por componentes biológicos distintos.

O novo território global (ou territórios, pois provavelmente surgirá uma série de ecologias alternativas), resultado da transformação dos recifes, poderá ocupar grande parte, ou mesmo a totalidade, dos cerca de 350 mil quilómetros quadrados onde se encontram actualmente os recifes de coral. A perda acelerada e contínua destes ecossistemas marinhos ricos em biodiversidade tem também implicações profundas para as comunidades humanas que vivem nestas regiões e à sua volta. Que organismos assumirão as principais funções ecológicas do recife, tanto como espécies-chave do ecossistema quanto como estrutura sólida que serve de suporte a inúmeras formas de vida? E como é que essas funções vão mudar? Será que os novos conjuntos ecológicos continuarão a incluir grandes organismos portadores de esqueleto capazes de substituir a função geológica dos corais, tal como os bizarros moluscos rudistas em forma de tubo que construíram os recifes no final do Cretácico, há cerca de 100 milhões de anos, quando os mares tropicais se tornaram demasiado quentes para os corais? Ou será que vão incluir os foraminíferos gigantes Nummulites (organismos semelhantes a amebas que fazem esqueletos) que começaram a formar estruturas rochosas após o aquecimento extremo do Paleoceno-Eoceno, há 55 milhões de anos, quando as populações de corais entraram em colapso? À medida que este novo território for surgindo, a atenção deverá deixar de estar centrada na tentativa de evitar a perda dos recifes (pois essa batalha talvez já esteja irremediavelmente perdida) para compreender o que está a emergir, aceitar e aprender a viver com as suas consequências.

Mercado inundado em Jacarta. Fotografia de Charles Wiriawan, 2007.

Cidades Submersas

As zonas costeiras baixas e pouco profundas, como os deltas e as planícies costeiras, foram sendo progressivamente construídas ao longo do Holoceno, numa época em que o nível médio do mar, nos três milénios que antecederam a industrialização, variou pouco mais de 0,1 metros.8 Por conseguinte, muitas dessas áreas estão hoje ao nível do mar, pouco acima dele — ou substancialmente abaixo, em consequência do abatimento do solo provocado pelo homem, como na extracção da água ou de hidrocarbonetos, que em muitos locais ocorre a um ritmo mais rápido do que a subida do nível do mar. Estes territórios acolhem actualmente vastas concentrações populacionais e incluem grandes cidades como Nova Orleães, Xangai, Amesterdão e Jacarta. Com a subida do nível do mar, estas cidades estão a entrar na fase inicial de inundação, sendo Jacarta, talvez, o caso mais evidente.9  Tudo indica que uma subida do mar de, pelo menos, dois metros será inevitável nos próximos séculos (provavelmente muito poucos). Um aumento desta dimensão inundaria cerca de 455 mil quilómetros quadrados de terra, com cerca de 359 mil quilómetros quadrados perdidos no primeiro metro de subida,10 incluindo as superfícies da maioria dos grandes deltas do mundo.11 Este cenário pode concretizar-se ainda antes do final deste século.12

É praticamente certo que um novo tipo de território irá surgir sob a forma de uma infra-estrutura complexa, fortemente planeada e heterogénea de áreas urbanas permanentemente submersas. Este território não representará simplesmente uma perda urbana: será um ambiente extremamente dinâmico — em constante transformação física, química e biológica — à medida que interage com os processos energéticos da zona costeira. Continuará a interagir com as comunidades humanas, emergindo num padrão de abandono progressivo: com populações residuais, zonas parcialmente recuperadas, outras totalmente deixadas ao abandono, e surgirão novas questões. Que uso poderá ser dado a estas zonas submersas? Que novos riscos irão surgir? Que disputas legais e políticas vão desencadear? A “cidade aquática” de Lagos pode oferecer um vislumbre de uma possível trajectória.13

Imagem fotográfica da proliferação de algas no Lago Erie a 14 de agosto de 2017. Fonte: NOAA.

Zonas Mortas

As “zonas mortas” dos mares costeiros pouco profundos, como o Mar Báltico e o Golfo do México, são também fenómenos típicos do Antropoceno. Estendendo-se actualmente por cerca de 250 mil quilómetros quadrados, são o resultado do excesso de fertilização, sobretudo azoto e fósforo. Este tipo de território não se limita ao meio marinho, com condições eutróficas a alastrarem a muitos lagos em todo o mundo. Estas zonas podem representar, de certa forma, um regresso às condições que marcaram épocas profundas da história geológica da Terra, quando as condições anóxicas se estendiam por vastas áreas do fundo do mar (principalmente durante fases de clima quente extremo). No entanto, durante o Holoceno, quando a civilização humana floresceu e começou a explorar intensamente o mar, quase não havia equivalentes a estes mares anóxicos.14 Territórios semelhantes e mais extensos — mas menos facilmente definidos — estão a surgir à medida que as massas de água dos oceanos se expandem devido ao aquecimento antropogénico e criam regiões de baixo teor de oxigénio nos mares. Estas áreas em crescimento, que já se notam, limitarão o espaço vital do plâncton, dos peixes e dos mamíferos marinhos, com sérias implicações para a pesca, já sobre-explorada em todo o mundo.

Os lagos têm uma importância desproporcionada em relação ao seu volume. Os cerca de 180 mil quilómetros cúbicos de água que contêm são uma pequena proporção da hidrosfera: os oceanos contêm cerca de sete mil vezes mais. Contudo, os lagos são menos profundos do que o mar, o que significa que a sua água se distribui por superfícies relativamente extensas. A superfície dos lagos é, portanto, apenas um pouco menos de um centésimo da superfície da água dos oceanos. Além disso, os lagos estão divididos em inúmeras massas de água independentes, ou seja, o comprimento total da sua linha costeira excede em cerca de seis vezes o da linha costeira marinha.15 Essenciais para o ambiente terrestre e para as sociedades humanas, os lagos mantêm laços estreitos e complexos com a litosfera, a atmosfera, a hidrosfera e a biosfera. Em regiões montanhosas e de altas latitudes, relacionam-se também com a criosfera e com a tecnosfera (dada a sua vulnerabilidade à poluição industrial e ao aquecimento). Por isso mesmo, os lagos são testemunhas mais imediatas das alterações ambientais do que os oceanos profundos.16 

Os registos paleolimnológicos (sedimentos acumulados no fundo dos lagos) há muito que registam alterações provocadas pela presença das comunidades humanas locais. Os sedimentos que se encontram no lago Crawford, no Ontário, por exemplo, mostram claramente o impacto da população nativa iroquesa que aí viveu há vários séculos. Vestígios como estes, que remontam a milénios atrás, são comuns em todo o mundo. No entanto, na sua maioria, os iroqueses não alteraram de forma profunda a natureza dos lagos, nem modificaram a forma como os lagos podiam ser percepcionados como territórios pela população humana e não humana residente e vizinha. Numa meta-análise que reuniu dados de 72 lagos em todo o mundo, concluiu-se que estas mudanças ecológicas mais antigas estavam relacionadas com o clima, e não com causas antropogénicas. O padrão de mudanças ecológicas assíncronas e díspares mudou na década de 1950 para um padrão de mudanças maiores e síncronas associadas a factores climáticos e antropogénicos.17

O impacto directo do Antropoceno nos lagos inclui: o uso intensivo de fertilizantes com azoto e fósforo, que contribui para a eutrofização generalizada; o aumento acentuado da construção de grandes barragens, que forma novos lagos artificiais; o crescimento explosivo e a utilização de novos materiais, como os plásticos e os poluentes orgânicos persistentes; o aquecimento dos lagos à medida que as temperaturas globais aumentam; e a introdução crescente de espécies não nativas nos últimos setenta anos, que alterou os padrões biogeográficos das populações de peixes dos lagos.18 Todos estes processos — e outros mais — provocaram alterações nas características físicas, químicas e, sobretudo, biológicas dos lagos por todo o mundo.19 

Uma avaliação recente dos lagos no Antropoceno descreve-os usando uma linguagem habitualmente reservada à saúde humana, desde os seus “problemas térmicos, circulatórios, respiratórios, nutricionais e metabólicos até às infecções e envenenamentos.”20 Também analisa a secagem generalizada dos lagos, cujo exemplo mais marcante é o Mar de Aral. É inegável que a natureza dos lagos está a mudar no Antropoceno, transformando-os num outro tipo de território.

Conclusões

Estes são apenas alguns exemplos dos novos territórios que estão a emergir no Antropoceno, contudo existem muitos outros. Mesmo as cidades contemporâneas não submersas, construídas em aço e betão, diferem significativamente dos seus precursores holocénicos mais pequenos e mineralogicamente distintos e, por isso, são um novo território antropocénico (ainda que hoje nos pareça familiar). O mesmo acontece com os territórios contaminados por resíduos plásticos provenientes dos aterros nos arredores dessas cidades.

Do ponto de vista geológico, estes locais representam afloramentos e fácies muito distintos, pelo que podem ser analisados no quadro técnico da cronoestratigrafia clássica. Assim, têm uma geometria e uma espessura (mesmo que contenham muito mais espaço oco do que a formação rochosa comum), e uma composição química e mineralógica que, em muitos aspectos, é muito mais diversificada e heterogénea do que a dos estratos rochosos clássicos. Esta abordagem geométrica para aferir a massa física dos componentes da tecnosfera complementa as metodologias com base na avaliação dos fluxos de materiais. De facto, os resíduos gerados pela tecnosfera ultrapassam a sua massa funcional por uma ordem de grandeza.

Os territórios emergentes do Antropoceno também são dinâmicos. Estão sujeitos a fenómenos de meteorização e erosão — sobretudo bio-erosão, quando as cidades são demolidas tanto no decurso da reabilitação urbana como pelo efeito das guerras. Além disso, assentam de forma inconformada (ou seja, com um enorme intervalo de tempo) em estratos mais antigos. A natureza desta inconformidade (ou seja, com ou sem uma camada intermédia de entulho antropogénico) influencia as dinâmicas de troca de fluidos e componentes químicos, além de condicionar factores físicos como a subsidência.

Estes novos territórios planetários estão a expandir-se a um ritmo acelerado. A sua importância é vasta e manifesta-se em múltiplas direcções, tanto para os habitantes humanos como não-humanos. Cabe-nos, colectivamente, o esforço de os compreender com clareza e atenção.

Notas de Rodapé

  1. Gilles Deleuze e Félix Guattari, Anti-Oedipus: Capitalism and Schizophrenia (Minneapolis: University of Minnesota Press, 1983) e A Thousand Plateaus: Capitalism and Schizophrenia (Minneapolis: University of Minnesota Press, 1987).
  2. Ver Bruno Latour, After Lockdown: A Metamorphosis (Cambridge, UK: Polity Press, 2021), e Down to Earth: Politics in the New Climatic Regime (Cambridge, UK: Polity Press, 2018).
  3. Will Steffen, et al., “The Trajectory of the Anthropocene: The Great Acceleration,” Anthropocene Review, 2, no. 1 (2015): 81–98. Jan Zalasiewicz et al., “The meaning of the Anthropocene: Why it matters even without a formal geological definition,” Nature (blog), 26 de agosto de 2024, https://www.nature.com/articles/d41586-024-02712-y
  4. Jan Zalasiewicz, “The unbearable burden of the technosphere,” UNESCO Courier, 27 de março de  2018, https://courier.unesco.org/en/articles/unbearable-burden-technosphere 
  5. Emily Elhacham, et al., “Global Human-Made Mass Exceeds All Living Biomass,” Nature 588 (December 2020): 442–444.
  6. Jan Zalasiewicz, et al., “Scale and diversity of the physical technosphere: A geological perspective,” The Anthropocene Review 4, no. 1 (2017): 9-22.
  7. “Bleaching of coral reefs shows severe ocean circulation changes,” EurekAlert! 9 de maio de 2024, https://www.eurekalert.org/news-releases/1043350
  8. Bogdan P. Onac, et al., “Exceptionally stable preindustrial sea level inferred from the western Mediterranean Sea,” Science Advances 8, no. 26 (2022). 
  9. Al Jazeera Staff, “Why Indonesia is abandoning its capital city to save it,” Al Jazeera, 9 de novembro de 2022, https://www.aljazeera.com/news/2022/11/9/hldwhyindonesia-is-abandoning-its-capital-jakarta-to-save-ithld
  10. Ronald Vernimmen e Aljosja Hoojier, “New LiDAR-based elevation model shows greatest increase in global coastal exposure to flooding to be caused by early-stage sea-level rise,” Earth’s Future 11, no. 1 (janeiro de 2023). 
  11. Edward Anthony, et al., “Delta sustainability from the Holocene to the Anthropocene and envisioning the future,” Nature Sustainability 7, no. 1235-1246 (2024).
  12. “Worst impacts of sea level rise will hit earlier than expected,” AGU (news), 24 de janeiro de 2023, https://news.agu.org/press-release/worst-impacts-of-sea-level-rise-will-hit-earlier-than-expected/
  13. Tolu Ogunlesi, “Inside Makoko: Danger and ingenuity in the world's biggest floating slum,” The Guardian, 23 de fevereiro de 2016,  https://www.theguardian.com/cities/2016/feb/23/makoko-lagos-danger-ingenuity-floating-slum
  14. O Mar Negro é o único grande exemplo natural, uma vez que as condições anóxicas das suas águas profundas não são o resultado do impacto humano.
  15. Cerca de 1.400.000 lagos têm uma dimensão superior a 0,1 quilómetros quadrados. Gesa A. Weyhenmeyer, et al., “Global Lake Health in the Anthropocene: Societal Implications and Treatment Strategies,” Earth’s Future 12, no. 4 (abril de 2024).
  16. P. K. Haff, “Technosphere,” em Handbook of the Anthropocene: Humans between heritage and future, eds. Nathanael Wallenhorst e Christoph Wulf, (Springer, 2023),537-542.
  17. Shixin Huang, et al., “Abrupt ecological shifts of lakes during the Anthropocene,” Earth-Science Reviews 227 (abril de 2022).
  18. Boris Leroy, et al., “Major shifts in biogeographic regions of freshwater fishes as evidence of the Anthropocene epoch,” Science Advances 9, no. 46 (novembro de 2023).
  19. I. P. Wilkinson, et al., “Microbiotic signatures of the Anthropocene in marginal marine and freshwater palaeoenvironments,” em A Stratigraphical Basis for the Anthropocene, eds. C.N. Waters, et al., (Geological Society, London, 2014),185–219.
  20. Igor S. Plotnikov et al., “Past, Present and Future of the Aral Sea: A Review of its Fauna and Flora before and during the Regression Crisis,” Zool Stud (maio de 2023).