Sétima Trienal de Arquitectura de Lisboa

A cidade funciona como um dispositivo estético: organiza o que é visível e o que permanece oculto; molda as práticas de conhecimento, tanto instrumentado quanto corrigido, bem como protocolos de acesso e exclusão. Diante deste cenário, como podemos compreender a complexa mistura de possibilidades contemporâneas, na qual a tecnologia interage intensamente com o planeta?

Mónica Bello, do programa Arts at CERN, contribui para a Trienal 2025 com a sua experiência na criação de projectos de investigação que combinam arte e ciência. Bello é curadora e historiadora de arte, cujo trabalho promove o debate sobre como a arte instiga novas conversas em torno da cultura emergente e de fenómenos societais, como o papel da ciência e da tecnologia na percepção da realidade. Desde 2015, é curadora e Directora de Artes no CERN, a Organização Europeia para a Investigação Nuclear, em Genebra, Suíça. No CERN, organiza residências artísticas orientadas para a investigação e comissiona projectos artísticos que reflectem sobre as conversas e os intercâmbios entre artistas e cientistas e outros profissionais do laboratório.