Sétima Trienal de Arquitectura de Lisboa

Exposições Fluxes

Fluxes

MAAT – Central Tejo

A enumeração e a medição sempre estiveram no centro da arquitectura da modernidade, mas é necessário reavaliar os fluxos de energia, materiais e informação que moldam as entidades das quais dependemos para a continuidade do habitar. Como podemos recalibrar as nossas medições para identificar as novas figuras que configuram a vida na Terra nestes tempos incertos? O peso surge como nova unidade para a arquitectura.

O que significa para a arquitectura ser o suporte material destas transformações? Compostas por 30 biliões de toneladas de materiais, as cidades globais são um emaranhado de estruturas em evolução, sistemas geometricamente complexos e ambientes espacialmente diversos. A questão de saber como medir o peso de uma cidade desafia o público a detectar o sinal do Antropoceno no meio do ruído da Terra.

Ao considerarmos a delimitação do que precisa de ser examinado e medido como uma série temporal, deparamo-nos com uma questão tipicamente arquitectónica: distinguir sinal e ruído, figura e fundo. É uma questão que também requer uma redefinição do modelo de ruído: qual a dimensão das flutuações naturais e como entender intervenções e projectos?