A relação entre arquitetura e memória está ligada ao monumento, uma reminiscência que exige uma longa duração. A preservação da memória é hoje transferida para misturas complexas entre arquivos digitais e artefactos, e os materiais duradouros estendem-se também ao indesejado, ao lixo e ao comum. Isto está frequentemente ligado à necessidade de bloquear o futuro para extrair receitas calculáveis, uma condição em que os fluxos financeiros intensificados tornam os objetos comuns tão pesados quanto monumentos de betão, juntamente com os seus equivalentes invisíveis na atmosfera.
Vídeo:
Guardians
Katherinne Fiedler
Katherinne Fiedler tem focado o seu trabalho na exploração das fronteiras difusas entre natureza e cultura. Através de uma prática artística multidisciplinar, combina elementos da natureza e da paisagem com materiais artificiais e processados para aprofundar conceitos sociopolíticos, ecológicos e emocionais. O seu trabalho examina a interdependência entre organismos e ecossistemas, assim como o papel da paisagem enquanto território político e cultural.
Fiedler recebeu prémios prestigiados como a Bolsa Leonardo da Fundação BBVA (2023) e a Bolsa para Artistas Emergentes do CIFO (2017). Participou em residências artísticas como Casa de Velázquez, Flora Ars Natura e Bilbaoarte.
As suas exposições individuais incluem Cuero con hueso, concha con corteza (2025), Lo inmenso y lo pequeño (2022) e El Futuro de la Memoria (2019). Também participou em exposições colectivas em instituições como o C.C. Conde Duque, MAC Lima, MAMBO Bogotá, CIFO Miami e CaixaForum Madrid.